Coralzinho da Irmã Ló

União de vozes compromissadas com a alegria

A história do trabalho com a música no Grupo da Fraternidade Irmã Ló (GFIL) tem detalhes realmente incríveis, que mostram a intencionalidade e a programação da Espiritualidade para esse núcleo de trabalho.

Um desses detalhes revela o início dos trabalhos musicais. Em agosto de 1983, seis meses após a criação do GFIL, durante as sessões, eram distribuídas apostilas com as letras das músicas escolhidas. Todos cantavam. Ou melhor, tentavam cantar. Nenhum demérito nisso, já que o canto conjunto exige, no mínimo, um estar acostumado a cantar com o outro.

Em uma noite, a desafinação alcançou um nível recorde, e o dirigente da casa, Jair Soares, decidiu que era preferível não haver mais canto. Nesta época, algumas crianças entre 4 e 6 anos já participavam do Grupo. Nessa mesma noite, o Seu Jair questionou aos tarefeiros Dolores Magalhães e Getúlio Moreira porque não organizavam um coral com aquelas crianças.

Eis o fato surpreendente: espíritos encarnados há muito pouco tempo já estavam dentro de um grupo espírita preparados para o trabalho.

Outro detalhe: Dolores e Getúlio começaram a compor músicas lindas e em ritmo acelerado, de forma que o coral já possuía um repertório bem significativo. As crianças não demandavam ensaios, a não ser para aprender as músicas, o que também acontecia em muito pouco tempo. Para o canto, ensaios também tornaram-se desnecessário. Crianças afinadíssimas, cantando com toda a vibração e com seu entusiasmo infantil, contaminavam a todos com muita alegria e esperança.

O “Coralzinho”, chamado carinhosamente assim pelo tamanho dos seus componentes, espalhou o seu canto por toda parte. Mais e mais músicas vinham do Plano Espiritual, também, através da inspiração ao Marcelo Cláudio Moreira, que compôs perfeitas melodias e que encaixavam com os objetivos do coral, além de verdadeiras poesias que retratam muito bem a natureza.

Daí, novos elementos foram chegando. O músico Emílio Pieroni foi um deles, que, aos poucos, assumiu a liderança da tarefa de maneira fundamental. Por ele, a Espiritualidade também veiculou músicas lindíssimas.

Em 1998, o Coralzinho já contava com 18 integrantes – entre novos e antigos elementos – e lançou seu primeiro CD: o álbum Compromisso com a Alegria. A primeira tentativa com fitas K-7 foi um sucesso, pois mais de 80 músicas foram gravadas. Agora, esse material ganhou divulgação mais ampla através das ferramentas da internet.

Apesar de o Coralzinho ter participado de encontros de corais, nunca teve o objetivo da apresentação artística. Em essência, era um coral exclusivamente vibracional, a ser intuído igualmente por um “coralzinho espiritual”.

Atualmente, o Coralzinho da Irmã Ló não tem mais atividades. Os integrantes daquela época já não frequentam mais o GFIL, constituíram suas famílias, alguns moram em outras cidades, mas são todos jovens de espírito como no tempo da criação do coral.